Tom Jobim
Olá para todos. Já faz um tempinho sem escritas, né?
Foram dias diferentes desde a última postagem. Dias variados, dias animados. Após o casamento veio canseira típica, aquele misto de alívio com saudade, afinal, foi tudo muito belo, um digno rito de passagem. Passagem para uma nova viagem, nova imagem de si mesmo e do outro.
Estivemos por caminhos diversos durante esses últimos 30 dias. De semana a semana respirando um novo ar e sorrindo. O mapa seguiu-se por Fortaleza-CE, terra de gente empolgada, comida boa, e praias de filme. Ai que delícia. Depois Vitória/Guarapari e afins, lugar de rever amigos, ir andando a pé pra praia, pão com mortadela e muito requeijão, claro, pra dar cremosidade à vida. Liga de laço, no calor humano do outro. Daí então voltamos para Minas, agora Sul de Minas, semana fria, desafiadora, e bem emocionante. Fomos dar aula em uma escola missionária, e nos surpreendemos com, eu diria, o potencial escondido das pessoas. Muito nos alegramos com a volta do queijinho minas, a possibilidade no outro, a mala pronta de novo. Passadinha de dois dias em São José dos Campos-SP, Rodo ministrou louvor lá, conhecemos gente nova, depois embarcamos novamente, e com ajuda de uma moça caridosa e a cara de piedade do meu marido, conseguimos viajar juntos no ônibus. Atualmente, estamos em Uberlândia-MG nos despedindo da minha família, contando e recontando histórias e aproveitando toda riqueza da “comida de mamãe”. Confesso que às vezes não dá vontade de ir embora, mas é preciso, é necessário trilhar novos rumos. Daqui partimos para Presidente Prudente-SP, para visitar nossa outra casa familiar. Falar, comer, e dizer mais “tchaus”. Daí vamos para nossa nova casa, em Palmas-TO.
Depois de tantas idas e vindas, muitos momentos marcantes, a hora se aproxima de marcarmos outros. Minha esperança é que estamos atuando numa peça, a qual o Autor escreve linhas incertas, aos nossos olhos, mas com segurança e destreza que ninguém nessa terra possui. História de vidas reais, vivendo em tempos reais. História de gente real, que chora, sente saudade, se diverte, se ama, se encontra, encontra o próximo, vê ele, percebe ele e ama-o. Às vezes, claro, o lado prático invade a poesia. Mala, aeroporto, rodoviária, táxi, endereço errado, almoço pra fazer, conta pra pagar, gente perto, gente longe, não ser entendido, não ser explicado, enfim, coisas da vida que a gente escolheu e escolhe todos os dias.
Nos responsabilizamos, e também nos alegramos muito. Termino esse texto com a frase da introdução. Preferimos, escolhemos, incluímos a alegria na nossa bagagem. Alegria rima com liberdade, esperança, ânimo. Não na língua portuguesa, mas no dialeto diário do dia a dia. Lembrando que não somos alegres exclusivamente pelo que fazemos, mas por quem somos. Ser está fora de moda? Se sim, então estamos andando bregas e limitados em um pensamento que diz: “só se vê bem quem vê com o coração” O Pequeno Príncipe.
Pri e Rodo
