Esse texto abaixo é parte de um trabalho meu de faculdade. Gostei muito dele e achei legal compartilhar. Ele se refere à passagem escrita em Marcos 8:1-9, que é a segunda multiplicação de pães e peixes que Jesus fez.
Há dois anos atrás postei aqui no blog algo falando sobre a primeira multiplicação descrita em João 6, que tem um pouco a ver com a última lição aprendida nesse texto novo; se quiser, dá uma fuçada lá e leia também! hehehehe!
Espero que gostem e que abençoe a vida de vocês!
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVoPgiCNtxIUsM3EZ1g3ejtQmUGas06tWTw8QIAULK9GVkNEWFvorTG1AZYVmYa2JfJwTxS_V6QBFHe0mVkq5_o2qndmZvM8DwE0u85vmh4_ppumUwJ8MLXffPhsCY8mIuZ68VcD7YJA8/s1600/pao-peixe.jpg)
O fato de Jesus ter se compadecido
daquela multidão em terra gentílica e ter proporcionado pra eles tamanho
banquete, me faz pensar em como Ele olha para as pessoas que eu considero
“gentias” hoje. Tantas pessoas nas ruas, na vizinhança, na comunidade, na sociedade,
que muitas vezes meus olhos tendem a enxergá-las como “não-de-Deus”, e tendo
esse pensamento sou conduzido a certos tipos de comportamento e juízo que podem
ser não muito saudáveis. Jesus deu banquete para um gentio como eu, porque eu
não me alegraria dEle dar banquete para outros diante dos meus olhos? Outros que
eu considero indignos pelas suas escolhas ou crenças? Ou então, será que Ele
não espera hoje que eu seja esse que proporcione alimento pra essas pessoas,
sem ter preconceito?
A falta de iniciativa dos discípulos
também é bem marcante no texto. Eles haviam visto Jesus fazer um milagre
multiplicando pães e peixes pouco antes de reverem uma multidão necessitada de
tais elementos. Não tiveram a capacidade de se lembrar que Jesus poderia
intervir naquela situação, e isso os impediu de no mínimo pedirem a Ele pra
fazer o milagre novamente. Quantas vezes eu fico no aguardo de que Deus faça
algo e nem ao menos me movo em direção à necessidade alheia? Desculpas como “isso
é impossível para mim”, ou então, “não vai adiantar de nada eu fazer algo” são muito
presentes em discursos de quem não quer encarar responsabilidades ou desafios
que vão custar renúncia, sacrifício, investimento de tempo e coisas do tipo. O estar
(pre)ocupado demais comigo mesmo pode inibir a minha iniciativa de ser
participante de um milagre na vida do próximo.
E por último, talvez uma lição que
já está batida demais, porém muito pertinente ainda em um momento como o que
vivemos, que é a insignificância do que Jesus usou pra alimentar aquela multidão.
Sete pães e alguns peixinhos pra alimentar quase dez mil pessoas? Muito hollywoodiano
talvez. Alguns dizem que cada pessoa tinha algo guardado ainda e quando viram
Jesus fazer aquilo tiraram o que tinham de suas sacolas e compartilharam. Outros
dizem que Jesus fez um milagre como se fosse uma mágica, fazendo pão brotar de
pão e peixes tornarem-se cardumes. Independente do método, louvável é o
resultado do milagre. Todo mundo foi alimentado. Tão pequena quantidade que nas
mãos de Jesus matou a fome de tanta gente. O que tenho hoje pode ser muito
insignificante diante de tanta necessidade de uma sociedade contemporânea, que
cada dia mais cresce rumo ao individualismo, porém, isso não é empecilho para
que a fome das pessoas seja saciada através da minha vida. Se o que eu tenho
está a serviço do Reino de Deus, nas mãos do Rei isso é capaz de causar um impacto
muito além do que a mente humana pode alcançar. Por isso, que minhas
capacidades e incapacidades estejam nas mãos dEle hoje e sempre, pra que não só
a minha fome seja suprida, mas a de muitos outros gentios por aí!
Rodo loko!