De um tempo pra
cá tenho me feito algumas perguntas a cerca de questões de minha fé. Tenho meus
motivos, minhas influências e meus porquês de ter feito tais perguntas! Não é confortável
ter que encarar algumas obviedades e reconhecer que errei muito e que estou
errado em pensar algumas coisas. Mas, fico feliz de ter coragem que me deixar
ser mexido, e principalmente, de me respeitar nos meus momentos de conflito.
Meu coração e
minha mente ficam acelerados em pensar no futuro. O que será de mim? Onde vou
parar? No que vou crer daqui pra frente?
Um amigo meu
que amo muito em Presidente Prudente, minha cidade natal, certa vez me impactou
muito com um texto que diz que Alguém além de minha compreensão viria e
abalaria mais uma vez a terra, pra que só permanecesse aquilo que era inabalável.
E eu em lágrimas creio nisso! Preciso ser abalado, preciso me deixar passar por
esse processo, porque como a fênix ressurge das cinzas, eu sei que depois desse
tempo eu serei alguém melhor. O cristianismo em mim será melhor!
Agora, qual cristianismo
eu tô afim? Qual cristianismo eu quero que fique pra trás?
Não sei direito
e nem me condeno por não saber tanto assim, mas, meu rascunho de pensamento me
traz um vislumbre. E gosto do que visualizo.
O cristianismo
que quero não fecha Deus em um baú mágico que parece me levar pra Nárnia. Baús não
conseguem conter tamanha grandeza. Ele pode Se revelar fora desse baú. Ele pode
se revelar onde eu não quero que Ele se revele. Ele pode aparecer pra alguém que
nunca viu um baú na vida e ser tão real pra essa pessoa quanto pra mim que vivi
encabrestado e fadado a me satisfazer com a forma do baú e não com o pedaço do conteúdo
que ele me mostrou!
O cristianismo
que quero não há prioridade pro ego, mas há deliberação em saber que há pão
fresco pra mim e pro mendigo! Há bálsamo pra mim e pro Judas. Há esperança pra
mim e pra quem eu não gosto! O outro pode literalmente vir primeiro. Minhas dores
não precisam sumir, porque há algo mais importante a ser provado, e se eu ficar
esperando estar 100% pra assumir minha identidade de bom samaritano jamais a
hospedaria terá hóspedes.
O cristianismo
que quero produz uma sociedade melhor. Não com moralismo, não com a crença de
que tem que ser do meu jeito ou com minha fé pra que sejamos mais saudáveis e
respeitosos. NÃO! A terceira milha a ser caminhada não é possível pra aqueles
que esperam que o companheiro de viagem seja seu semelhante. Podem dois
caminharem juntos se não estiver de comum acordo? Podem sim. Se houver
respeito.
O cristianismo
que quero não vai me obrigar a vender um produto que eu não uso. Não vai me
fazer usar um nariz de palhaço só pra que o picadeiro tenha uma falsa alegria. Não
vai me dar uma armadura de Saul, porque não cabe em mim. Posso ser eu mesmo. Mefibosete.
Maltrapilho do Aba! Fora do paradigma da perfeição. Aceito como sou aceitando
outros como são. Não está nisso a não acepção?
O cristianismo
que quero é bonito. É colorido. É divertido. É morte. É vida. É nítido. É imperceptível.
É pesado. É leve demais. É paradoxal. É relativo. É concreto. É igual. É
diferente. É loucura. É sabedoria. É amizade. É humilhante. É terapêutico. É impossível
de viver. É fruto. É alcance. É resposta. Eu sei o que é, mas eu não sei o que
é!
Dei passos até
aqui, meu caminho ficou marcado. Sei que eles serviram de referencial pra
muitos. Mas, meus próximos passos eu quero que sejam mais fortes. Quero andar
junto e construir junto. E no fim, chegar junto há um lugar que eu possa olhar
pra trás e dizer: “puts, como valeu a pena”. Eu sei que esse fim está após esse
vislumbre anteriormente citado. E eu tô feliz de saber que estou indo pra lá!
O desabafo em
forma de prosa é pra que aquilo que eu amo, amigos, saibam que há alguém
cantando ainda pela vida, mesmo mexido interiormente não vou parar de cantar. E
minha canção tem sido “Glorifica o Teu nome”. Seja onde Você estiver, “glorifica
o Teu nome através de mim”!
Obrigado a todos amigos presentes nesse tempo. Os que me ouvem perto, os que me ouvem longe! Os que oram e os que me levam pra dar rolê! Amo vocês!
Obrigado a todos amigos presentes nesse tempo. Os que me ouvem perto, os que me ouvem longe! Os que oram e os que me levam pra dar rolê! Amo vocês!
Aqui dou uma
pausa às minhas palavras, pra que depois venham outras, e outras, e outras!
Valeu!