Aos Campos de Trigo
“Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas me parecem iguais e todos os homens também. E isto me incomoda um pouco. Mas, se tu me cativas, minha vida será como que cheia do sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros me fazem entrar dentro da terra. Os teus me chamarão para fora da toca, como se fossem música. Vês lá longe, os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas, tu tens cabelos dourados. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo que é dourado, fará com que eu me lembre de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo!” O Pequeno Príncipe.
A raposa do belo livro O Pequeno Príncipe, o qual eu muito me apeguei, faz um relato simples e poético da amizade que nasce e permanece. Fala de pessoas e não de coisas que compramos nas lojas. Fala de convites que aceitamos e fazemos que são mais que formalidades virtuais-sociais. Fala de laços que criamos e que lembramos a cada esquina e a cada campo de trigo. Neste trecho acima a raposa exemplifica ao príncipe a gostosura de ser amigo e não somente estar amigo. O principezinho se assusta no início e recua um pouco, não diferente de muitos de nós. Ele menciona a falta de tempo para cativar amigos. A vida anda muito cheia de afazeres, é preciso ir e fazer. Conhecer, descobrir, alcançar um recorde, superar, ultrapassar, realizar algo. Os homens não tem mais prazer e nem paciência para cativar. A pressa lhes tirou aquilo que mais almejava: o tempo.
Mas, tudo seria muito triste se parássemos por aqui. No meio de tudo isso, há algo que supera, e dá coragem de olhar com outros olhos. A curiosidade que move nossos corações e cotidianos uns para os outros continua sendo surpreendente. A amizade que se cativa e que vira porta retrato na memória. A cumplicidade que traz sol para as nossas vidas e este nasce quando damos e quando recebemos. Por isso, assim como a raposinha, nos alegramos hoje de pensar e mais de sentir o enorme carinho, incentivo e suprimento que cada um de vocês, nossos amigos tem dado á nós. E o que para muitos seria vergonha e talvez fonte de acanhamento de dizer ou escrever, para nós é profunda satisfação e sabedoria que cai como chuva em nossas vidas.
Á vocês nossos amigos de caminhada, mantenedores de sonhos, irmãos de ministério, nosso “muito obrigado” por construir conosco nossas paredes, enfeitar nosso lar a cada dia, emprestar o “guarda-chuva” no dia de tempestade. Obrigado, por que quando, olhamos para o trigo, as viagens de avião ou de qualquer outra coisa, as férias, as contas pagas, o sol escaldante, a saudade, os sonhos, os remédios da caixinha de primeiros socorros, a Coca-Cola de domingo. As orações, os recados, os incentivos, a fé, e ainda em um milhão de coisas lembramos de vocês.
E o choro de despedida não é em vão, não é perda, mas é ganho, porque os grãos de trigo nunca mais serão os mesmos. Agradecemos muito ao Pai, que nos encorajou a nos amarmos, porque Ele mesmo o fez primeiro, e assim fez a nossa vida deixar para trás a monotonia e o individualismo típico da sociedade moderna e surda. Ele faz com que os passos do outro sejam música e nos tirem das nossas tocas, nos mostrando assim que o outro é parte de mim independente do lugar que ele está, ou do que eu possa dar, ou da presença. O importante é a doce expectativa do reencontro, que nos faz amar o barulho do vento no trigo.
Com enormes cantos de gratidão...
Pri e Rodo
Eu fui com vc na exposição, eu fui sim...fui fui...vc é uma raposinha para mim é sim, é sim. Pq eu sempre fui a assustada da história para amizades eternas...Mas, vc me cativou, cativou sim sim..beijãooo te amo
ResponderExcluirAh Carol é rápida gente, um dia eu consigo comentar alguma coisa antes dela... Um dia quem sabe.. kkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirPriiiiii lindo. simplesmente lindo, e independente se somos a rapousa, a rosa, ou o homenzinho de cabelos dourados... O que importa é que a gente cativou uma a outra.
Amo vc minha flor...Lili